O país exigiu que a Coreia do Sul e os EUA suspendam exercícios militares marcados para fevereiro e março.
A Coreia do
Norte exigiu que a Coreia do Sul e os Estados Unidos suspendam
exercícios militares anuais, marcados para fevereiro e março, alegando
que representam uma provocação direta -- uma declaração que sugere uma
repetição da escalada das tensões ocorrida no ano passado.
Em 2013, a
Coreia do Norte prometeu retaliar eventuais hostilidades com ataques aos
Estados Unidos, à Coreia do Sul e ao Japão. Por causa disso, a
península da Coreia registrou a maior mobilização militar das últimas
décadas.
"Nós
alertamos firmemente as autoridades dos EUA e da Coreia do Sul para que
parem os perigosos exercícios militares que podem levar a situação da
península e os laços Norte-Sul para uma catástrofe", disse um órgão
norte-coreano encarregado de buscar a reunificação da Coreia, segundo a
agência estatal de notícias KCNA.
A Coreia do
Sul disse que os exercícios serão mantidos. Apesar das ameaças, não
houve relatos de atividades militares excepcionais na Coreia do Norte.
"Se a Coreia
do Norte realmente se comprometer com a agressão militar com o pretexto
do que é um exercício normal que conduzimos como preparação para uma
emergência, nossos militares vão puni-los de forma inclemente e
decidida", disse Kim Min-seok, porta-voz do ministério sul-coreano da
Defesa.
As duas
Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que seu conflito de 1950 a
1953 foi encerrado apenas com um armistício, não com um tratado de paz.
A China, única aliada relevante da Coreia do Norte, se mostra alarmada com as provocações de ambas as partes e pediu moderação.
"Todos os
lados têm uma responsabilidade de manter a paz e a estabilidade na
península coreana, e isso está de acordo com os interesses de todos os
lados", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, em uma entrevista
coletiva diária.
Analistas
dizem que, apesar das ameaças, a Coreia do Norte não pode correr o risco
de dar início a um confronto armado, já que quase certamente sairia
derrotada.
Mas muitos
observadores acreditam que o isolado regime comunista norte-coreano
poderia novamente disparar um foguete de longo alcance ou testar uma
arma nuclear. O país já testou três bombas atômicas, a última delas em
fevereiro de 2013.
Outra
possibilidade seria um ataque de artilharia contra o território
sul-coreano, como ocorreu em 2010, o que poderia motivar uma retaliação
de Seul e um conflito mais amplo.
Via: O Correio de Deus
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