Por quê essas "especialistas" não criam acampamentos onde meninos e
meninas irão aprender a se respeitar?; a conviverem em uma sociedade
unida, onde cada um depende de cada um?; onde o todo é mais importante
do que ideologias de gêneros individualistas?; Onde o amor ao próximo é o
valor real da vida?.
Isso tudo faz parte da tática: "Separar para conquistar"....
Não devemos cultuar essa cultura individualista, devemos ter consciência
que JUNTOS E UNIDOS somos mais fortes e acima de tudo, AMANDO UNS AOS
OUTROS...
Confiram a matéria do site G1:
Sorocaba recebe o Girls Rock Camp pelo segundo ano consecutivo. Aulas de
música, skate e defesa pessoal fazem parte do currículo.
“Não à Barbie! Não à Barbie!” O grito esganiçado sai da garganta de uma
menina miúda, que aparenta não ter mais de 10 anos, e ecoa pela sala de
aula, mas não se trata de nenhuma revolução punk-infantil: é apenas um
momento de ensaio de uma das 10 bandas formadas no Girls Rock Camp
Brasil.
É uma espécie de acampamento de verão, que reuniu 60 garotas de 7 a 17 anos para uma semana de música e diversão em Sorocaba
(SP). Saídas de vários lugares do Brasil, as meninas se reúnem para
aprender música - mas, acima de tudo, para celebrar coisas como a
amizade, o trabalho em grupo, a solidariedade e a autoestima.
“Eu adoro o som que ela faz”, diz Alice, de 7 anos, sem parar de tocar a
bateria nem na hora em que fala com o repórter. Com a guitarra na mão,
Maria Fernanda, de 9 anos, conta que a inspiração veio de casa. “As
minhas primas têm uma banda”, diz. “E você também quer ter uma?”
“Claro!”
“Nosso foco é o empoderamento feminino. O objetivo não é formar bandas
nem revelar talentos, mas mostrar que as meninas podem fazer o que elas
quiserem, inclusive ter uma banda de rock. Mostrar que elas são iguais
aos meninos e não precisam depender deles para nada”, explica Flavia
Biggs, socióloga, guitarrista com mais de uma década de estrada na cena
do rock independente e diretora do evento. Flavia se inspirou no Girls
Rock Camp americano, criado em 2001 e que ela frequentou em três
ocasiões.
Depois de organizar diversas oficinas específicas de guitarra para meninas,
ela organiza um evento de temática feminista óbvia, mas sem explicitar a
palavra “feminismo”. “As meninas em geral têm uma formação
individualista, de competir umas com as outras, além de passiva, ou
seja, de esperar que outra pessoa tome a atitude.” Por isso, explica, a
ausência de meninos: “Se eles estivessem aqui, provavelmente tomariam a
frente para organizar e liderar tudo. Por isso, para que a gente possa
treinar essa atitude independente, é que o evento é feito só de
meninas”, completa
Há ainda o componente artístico. Bandas só de mulheres são muito mais
raras que bandas de homens - que, eventualmente, aceitam uma mulher como
vocalista. “A gente não é incentivada a tentar instrumentos como
guitarra, baixo e bateria, acaba muitas vezes relegada a cantar ou tocar
teclado, que seria uma coisa mais feminina. Aqui, a gente mostra que
esse tipo de escolha não tem nada a ver com o sexo”, diz Patricia
Saltara, outra das organizadoras, também ela guitarrista e membro de
banda.
As inscrições para o evento se encerraram em apenas quatro dias - e
ainda sobrou uma fila de espera com cerca de 40 nomes. No ato, as
meninas já tinham que escolher um instrumento, e uma das primeiras
atividades do acampamento, aberto na última segunda-feira (13), foi a
formação de 10 bandas, cada uma delas com seis integrantes – vocalista,
duas guitarristas, baixista, tecladista e baterista -, separadas pela
afinidade musical.
Como saber tocar não era condição para participar, as meninas aprendem
um pouco de teoria musical, recebem dicas de composição e noções básicas
de cada instrumento. Cada grupo tem de compor uma música própria para a
apresentação de encerramento, que será neste sábado (18). Mas dizem que
rock não é só música, mas atitude – e, por isso, as aulas são
intercaladas com oficinas de skate e silk screen, para fazer as
camisetas personalizadas das bandas. “Com isso, elas aprendem a ter
responsabilidade, a respeitar a opinião da maioria, a ter uma verdadeira
concepção do que é trabalhar em grupo”, diz Flavia.
Também estão no "currículo" aulas de defesa pessoal, para prevenção de
situações de assédio e violência. Elas se dividem em grupos e metade
representa meninos em posição ofensiva, enquanto outras colocam a mão na
frente do rosto para afastar o "oponente" enquanto gritam "não" em voz
alta.
Colaborações
O ambiente colaborativo é uma característica fundamental do evento,
bancado em parte pelas inscrições das participantes (50 delas pagaram R$
75 e dez ganharam bolsa), parte por shows beneficentes realizados no
segundo semestre do ano passado e parte por doações. A reportagem doG1
presenciou, por exemplo, a chegada de uma carga de oito caixas de picolé
e dezenas de panetones, tudo dado por uma comerciante.
As instrutoras são todas voluntárias e recebem apenas a alimentação e a
hospedagem - e muitas delas ainda emprestam seus próprios instrumentos.
“É um ambiente que toca muito quem acredita na música como catalisador
de transformação social”, discursa Patrícia Saltara.
Palco do evento desde sua primeira edição, no ano passado, a EE Prof.
Júlio Bierrenbach de Lima, onde Flavia Biggs já deu aulas de sociologia,
também não cobra nada. “Faz parte de nosso papel interagir com a
comunidade e colaborar com a valorização do mundo feminino”, discursa a
diretora, Maria Helena Vieira de Camargo. E o barulho não incomoda?
“Claro que não. A escola deve ser um núcleo de propagação de todo tipo
de conhecimento, e a gente dee se renovar, gostar de tudo”, completa.
As aulas e oficinas se encerraram na sexta-feira (17). Neste sábado, o
bar Asteroid, que fica na rua Aparecida, 737, no bairro Santa Rosália,
recebe o show de encerramento. Pais e parentes já estão empolgados. Os
ingressos serão vendidos na hora, e costuma lotar. “No ano passado não
coube todo mundo, ficou gente de fora”, relembra Flavia. Quem quiser ir
deve chegar cedo. E melhor não levar a Barbie.
Fonte: G1.com.br e http://lado-oculto-nova-ordem-mundial.blogspot.com.br
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